terça-feira, 5 de novembro de 2013

Tempo

Tempo... Tempo de que, tempo pra quê? Quem sabe o próprio tempo? É hora disso, é hora daquilo... Nunca tive isso! Vai ver é por isso, é deve ser por isso que só vou vivendo, fazendo  o que quero fazer, e quando necessário, o que eu devo. Tempo...
Será que já passou do tempo de fazer isso ou aquilo? Não, não o meu... Se ainda não fiz isso ou aquilo é porque ainda não deu o meu tempo. Meu tempo é diferente, é independente; não no sentido rebelde da coisa, só independente, depende só dele.
Gosto do meu tempo. É natural. Mas ser desse jeito tem um preço, as vezes dá medo, sim, admito, tenho medo... Medo de não ser certo ter um tempo assim tão independente, mas não confio em todos os conceitos de certo ou errado, então sigo com o natural, o natural não pode estar errado. Tempo... Eu tenho que escolhe-lo e decidi-lo ao senti-lo, não pode ser algo regrado, ditado... O tempo deve ser sentido, não programado... Ah tempo, você é um simples complicado...

sexta-feira, 26 de julho de 2013

"É a que tem que pensar..."





Tenho tanto sentimento
Que é frequente persuadir-me
De que sou sentimental
Mas reconheço, ao medir-me,
Que tudo isso é pensamento,
Que não senti afinal.


Temos, todos que vivemos
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.


Qual porém é a verdadeira
E qual errada, ninguém
Nos saberá explicar;
E vivemos de maneira
Que a vida que a gente tem
É a que tem que pensar.


(Fernando Pessoa)




 Li esse poema dezenas de vezes, achei simplesmente lindo; ele me fez pensar tanto, além de pensar, me fez refletir...

Tenho medo de interpretá-lo de maneira errada, diferente da intenção do autor, mas percebi que não consigo interpretá-lo de uma maneira unica, visto sua capacidade de englobar tantas coisas, tantas que perco de vista...
Esse poema, pra mim, consegue expressar a vida e sua composição: sentimentos e pensamentos. E estes, como são confusos, como são bons, e como podem ser ruins... Talvez este poema, assim como a vida, não precise de uma interpretação concreta, ou uma que seja considerada correta, talvez só precise ser lido, sentido... Mesmo que esse sentimento seja, no final, somente um pensamento, é fato que me trouxe algo bom, e isso não desejo pensar, definir ou compreender, apenas viver.






















domingo, 28 de abril de 2013

Organizando pensamentos...

Odeio ansiedade, insegurança, medo e erros; sentir essas coisas e cometer erros é inevitável e não é nenhuma maravilha, mas quando direcionados corretamente, esses sentimentos e o aprendizado fazem crescer, e isso é fato, e é ai que a beleza das coisas ruins está: são necessárias.
Decidi que faria o que queria fazer, mas sempre com muita atenção, tentando não ferir, de alguma forma, a mim e aos meus.
Tenho uma grande devoção e admiração por amizade, acredito ser um dos sentimentos mais bonitos e fortes que existem; a relação de amizade, pra mim, é a base para todas as outras, e por isso a admiro tanto.
Fico triste ao ver alguém sofrer e não poder fazer nada, e me odeio se não quero ou não penso em fazer algo para ajudar.
Admiro a determinação, a superação e a esperança.
Acredito que o maior valor da vida está nas pessoas e em nossa memória, e não nos bens materiais, que apesar de necessários, ou então, apenas bons para o ego, com o tempo se vão, como tudo na vida, mas diferentemente das pessoas, são substituíveis.
Gosto, aprecio e priorizo coisas simples, como um abraço inesperado, um telefonema sem razão, uma conversa jogada fora, ver o sol, a lua e o mar, a paz e a emoção.
Desprezo demagogia, julgamentos alheios e maldade.
Temo um dia perder a humildade, humilhar algum inocente, fazer mal a quem não merece ou negar a mão a quem eu poderia ajudar, temo estar mais errada do que certa e não conseguir enxergar a tempo.
Sigo com a certeza da sinceridade e da humildade de saber que posso estar errada em qualquer coisa, com a consciência da imperfeição e a convicção de que o perfeito não existe, ou, é simplesmente dispensável. E se peço algo em oração, é que eu nunca me esqueça da criança que um dia fui.

domingo, 7 de abril de 2013

O que não sei dizer é mais importante do que o que eu digo

Meu Deus do céu, não tenho nada a dizer. O som de minha máquina é macio. Que é que eu posso escrever? Como recomeçar a anotar frases? A palavra é o meu meio de comunicação. Eu só poderia amá-la. Eu jogo com elas como se lançam dados: acaso e fatalidade. A palavra é tão forte que atravessa a barreira do som. Cada palavra é uma idéia. Cada palavra materializa o espírito. Quanto mais palavras eu conheço, mais sou capaz de pensar o meu sentimento. Devemos modelar nossas palavras até se tornarem o mais fino invólucro dos nossos pensamentos. Sempre achei que o traço de um escultor é identificável por um extrema simplicidade de linhas. Todas as palavras que digo - é por esconderem outras palavras. Qual é mesmo a palavra secreta? Não sei é porque a ouso? Não sei porque não ouso dizê-la? Sinto que existe uma palavra, talvez unicamente uma, que não pode e não deve ser pronunciada. Parece-me que todo o resto não é proibido. Mas acontece que eu quero é exatamente me unir a essa palavra proibida. Ou será? Se eu encontrar essa palavra, só a direi em boca fechada, para mim mesma, senão corro o risco de virar alma perdida por toda a eternidade. Os que inventaram o Velho Testamento sabiam que existia uma fruta proibida. As palavras é que me impedem de dizer a verdade. Simplesmente não há palavras. O que não sei dizer é mais importante do que o que eu digo. Acho que o som da música é imprescindível para o ser humano e que o uso da palavra falada e escrita são como a música, duas coisas das mais altas que nos elevam do reino dos macacos, do reino animal, e mineral e vegetal também. Sim, mas é a sorte às vezes. Sempre quis atingir através da palavra alguma coisa que fosse ao mesmo tempo sem moeda e que fosse e transmitisse tranqüilidade ou simplesmente a verdade mais profunda existente no ser humano e nas coisas. Cada vez mais eu escrevo com menos palavras. Meu livro melhor acontecerá quando eu de todo não escrever. Eu tenho uma falta de assunto essencial. Todo homem tem sina obscura de pensamento que pode ser o de um crepúsculo e pode ser uma aurora. Simplesmente as palavras do homem. Clarice Lispector

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Walker blind

Realizar um sonho remete a incertezas, dúvidas e medos a serem enfrentados diariamente; seguir seus instintos, sem garantia de estarem certos ou não, seguir caminhando sem saber a direção correta, tentar mesmo que digam que você já tentou demais... Quem faz isso tem coragem como alicerce, fé como janela e amigos como chão, e isso eu aprendi.

domingo, 27 de janeiro de 2013

Go on.

Mais cinco dias, mais 44 horas, mais tempo desperdiçado porque não se faz o que se quer, mais tempo e tempo, em troca de dinheiro para viver... Viver? Mas, tudo é fase, e essa é uma das mais difíceis: o começo, do zero e sem bônus. E o maior retorno nao é financeiro, é de aprendizado, não sobre o trabalho somente, mas sobre a vida; você vai, segue, cresce, vive, e vê o quanto de força você tem.

domingo, 6 de janeiro de 2013

Divagando... aprendendo

Mais um ano... E como eu sempre quis, aprendi mais coisas; sobre viver, eu aprendi. Aprendi que o que é obvio pra você, não é obvio pra outro alguém, aprendi que todos tem direito de aprender e fazer, seja la o que for, em tempos diferentes; aprendi que cada um tem seu tempo e o "se" realmente não existe; ou é ou foi, o que não aconteceu, simplesmente não existiu e se queremos fazer existir tentamos de novo. Aprendi que seus amigos não tem obrigação de estar sempre com você, ou todo final de semana com você, se for obrigação, não é amizade. Aprendi que sua família sempre vai estar la, mesmo que você se sinta melhor com seus amigos, existe uma coisa mais forte com a família; é seu sangue falando... Talvez possa ate ser obrigação, não sei, mas eles sempre estarão la, de uma forma ou de outra. Aprendi que posso e devo dizer o que penso, mesmo sabendo que talvez a maioria não vai gostar, concordar ou entender... Dizer o que pensa, saber o que pensa, liberta. Aprendi que eu posso tentar quantas vezes EU quiser, pois afinal, somente eu sei o que sinto, somente eu sei da minha vida... Aprendi que nem todos podem opinar: isso é direito de um verdadeiro amigo, não um amigo qualquer, mas um amigo que realmente saiba o que aconteceu. Aprendi que nunca vou conseguir expressar tudo o que penso da vida em um texto, conselho, frase, status no Facebook; e ainda estou aprendendo que eu não preciso fazer isso. Aprendi que sonhar é bom, mas que a caminha até o sonho dói, e muito. Aprendi que nessa caminhada a briga é com você mesmo: filtrando pensamentos, conselhos... Levantando, caindo, curando, machucando... É você contra você mesmo. Mas no final, tudo vale a pena, principalmente quando a alma não é pequena. Estou aprendendo que conhecer alguém, não é um direito, é um privilégio; não devemos nos doar a qualquer um... Conhecer alguém deve ser natural, lento e prazeroso. Aprendi que nunca da pra ser perfeito, ainda mais quando o referencial altera-se... Para ser perfeito em qualquer coisa precisamos de um referencial, porque afinal, isso é uma comparação, então a pergunta deveria ser, qual é o referencial? Acredito que a vida vai dizer, aos poucos, mas no final vamos perceber que o perfeito não existe ou é dispensável. Aprendi que por mais que sua vontade de ajudar alguém seja maior que sua vontade de se ajudar, você não pode se esquecer que você também precisa de si e que a maior ajuda, vem de dentro. Aprendi que amigo de verdade é um sonho comum, mas que poucas pessoas honram a amizade, e que por isso amizades são consideradas raras. Aprendi que nunca devemos abandonar o que acreditamos só porque dizem que isso ou aquilo não é possível ou não existe... Aprendi observando a historia e quem fez algo de útil no mundo que desistir... Aprendi também que observar e prestar atenção podem trazer coisas incríveis... Aprender dói e dá prazer.