domingo, 3 de janeiro de 2016

Como saber o que nos define de fato? Como ser natural de verdade? Existe isso? Tudo nos é imposto, desde o dia que nascemos até o dia de nossa morte, existe um 'modelo de vida' a ser seguido, um senso comum, senso comum criado e iniciado por quem? Como saber se ele é o correto? Crescer, ser educado, iniciar relacionamentos, constituir família, conseguir um bom emprego, comprar uma casa, se aposentar... morrer. Seguir esse senso comum nos traz a falsa paz de que estamos no caminho certo, de que estamos certos, de que somos bons por ter conseguido tudo isso, e quando não conseguimos tudo, ou um pouco disso, somos errados, erramos no caminho... Será que tem algo de errado conosco ou simplesmente esse senso comum não é natural/necessário/eficaz para todos?
As pessoas são diferentes, bem diferentes, acho difícil achar um rumo que todos deveriam seguir, acredito que essa pressão social, de certa forma, deprime. Alem de deprimir, priva o individuo de buscar sua essência, seu real jeito de ser. Todos temos premissas para a vida, educação, criação, musicas, noticias, ambientes... Esses fatores nos moldam, fazem parte da nossa personalidade, mas acredito que nossa personalidade poderia ir muito alem disso, acredito que poderíamos ser muito mais livres se nossas premissas fossem oferecidas, e não impostas... É muito complexo definir isso sem saber definir o que é necessário ou não na criação de um individuo, até que ponto ele deve receber instrução, todavia, consigo afirmar que uma educação mais libertária, justa, de múltipla escolha e sem medo de represálias, produziria indivíduos muito mais seguros, capazes, com maior paz de espirito e que poderiam contribuir, muito mais, com a comunidade na qual vivem.
Além do que nos é imposto sob forma de educação e em nossa criação no seio familiar, existem os imprevistos, coisas que nos acontecem e que estão fora de nosso controle, coisas boas e coisas ruins, e suas consequências nos mudam também; nossa maneira de enfrentar a vida deve se desenvolver a cada fase dela, sem temer o erro, mas buscando encontra-lo para corrigi-lo e assim poder viver melhor... Mudando nos tornarmos nós mesmos, a cada visão um novo olhar, uma evolução. Mudando sem medo de mudar, sem receio de mudar; amadurecemos como indivíduos. Quando esse amadurecimento é livre, sem paredes ou moldes, ele é completo e livre para tomar o espaço que precisa para aliviar a alma.