terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Constatações inquietantes

Chega uma hora na vida que voce se pergunta quem se tornou, porquê e quando e nao sabe... Não sabe responder. Nao sabe o que deixou pra trás pra sentir e ser como é hoje, não sabe se agiu certo ou errado. Nao sabe o que afogou na própria personalidade ou o que é verdadeiro, ou ensaiado...
Não sabe se os caminhos que está seguindo são os corretos, não sabe se terá retorno na vida acadêmica e profissional, não sabe se tudo vai dar certo, na verdade, não sabe nem se acredita nisso... Nao sabe se algum dia, tudo estará certo. E esse não saber gera ansiedade, medo, descontrole, desequilibrio, tristeza. Gera insegurança.
Essa insegurança passa por suas veias e te corrói, te corrói a ponto de voce nao saber mais se ainda sabe se divertir sem ter que pensar. Te corrói a ponto de você viver se arrastando, por não acreditar em nada que a sociedade prega. Te corrói em todas as áreas da sua vida, da sua personalidade, da sua vida.
Depois de tantas derrotas e decepções consigo, você mesma já nao acredita em si e não ve razão para que outros o façam.
Você desiste, tem preguiça, teme erros, recua e é covarde.
Você sangra dores passadas e se tortura por problemas que não tem poder pra resolver e protela a resolução dos problemas que pode resolver; você tem vergonha deles, não quer tocá-los, tem horror aos seus erros como se fossem pecados que tiraram sua veracidade em viver. Você baixa a guarda e se engole em agonia. Se enrola em medos e despeja sua alto estima no ralo.
Eu escrevo assim, como se fosse uma coisa geral e comum na vida, mas não sei se é.
Mas aí a vida te dá alguns amigos, que olha... Voce se surpreende que amizade existe.
Ai do nada, você encontra o amor da sua vida, por um simples acaso... e tudo começa a clarear quando essas pessoas estao perto de você.


domingo, 3 de janeiro de 2016

Como saber o que nos define de fato? Como ser natural de verdade? Existe isso? Tudo nos é imposto, desde o dia que nascemos até o dia de nossa morte, existe um 'modelo de vida' a ser seguido, um senso comum, senso comum criado e iniciado por quem? Como saber se ele é o correto? Crescer, ser educado, iniciar relacionamentos, constituir família, conseguir um bom emprego, comprar uma casa, se aposentar... morrer. Seguir esse senso comum nos traz a falsa paz de que estamos no caminho certo, de que estamos certos, de que somos bons por ter conseguido tudo isso, e quando não conseguimos tudo, ou um pouco disso, somos errados, erramos no caminho... Será que tem algo de errado conosco ou simplesmente esse senso comum não é natural/necessário/eficaz para todos?
As pessoas são diferentes, bem diferentes, acho difícil achar um rumo que todos deveriam seguir, acredito que essa pressão social, de certa forma, deprime. Alem de deprimir, priva o individuo de buscar sua essência, seu real jeito de ser. Todos temos premissas para a vida, educação, criação, musicas, noticias, ambientes... Esses fatores nos moldam, fazem parte da nossa personalidade, mas acredito que nossa personalidade poderia ir muito alem disso, acredito que poderíamos ser muito mais livres se nossas premissas fossem oferecidas, e não impostas... É muito complexo definir isso sem saber definir o que é necessário ou não na criação de um individuo, até que ponto ele deve receber instrução, todavia, consigo afirmar que uma educação mais libertária, justa, de múltipla escolha e sem medo de represálias, produziria indivíduos muito mais seguros, capazes, com maior paz de espirito e que poderiam contribuir, muito mais, com a comunidade na qual vivem.
Além do que nos é imposto sob forma de educação e em nossa criação no seio familiar, existem os imprevistos, coisas que nos acontecem e que estão fora de nosso controle, coisas boas e coisas ruins, e suas consequências nos mudam também; nossa maneira de enfrentar a vida deve se desenvolver a cada fase dela, sem temer o erro, mas buscando encontra-lo para corrigi-lo e assim poder viver melhor... Mudando nos tornarmos nós mesmos, a cada visão um novo olhar, uma evolução. Mudando sem medo de mudar, sem receio de mudar; amadurecemos como indivíduos. Quando esse amadurecimento é livre, sem paredes ou moldes, ele é completo e livre para tomar o espaço que precisa para aliviar a alma.